Como a Conceição está de férias, anteontem fizemos uma escapadinha, com o Xico, é claro, por terras alentejanas, com paragem obrigatória na Barragem do Maranhão, onde não ia há anos.
Escolhi este título para esta mensagem, por, visto ir a "patroa", não ter ido exactamente para pescar, já que ela se aborrece quando pesco a ciprinídeos, naquele estilo quedo e demorado.
Assim como assim, fiz-me acompanhar de uma cana de corricar, apenas para verificar a possibilidade de pescar algum achigã distraído.
Para quem não conhece a técnica, nesta modalidade faz-se uso de amostras que insistentemente lançamos e recolhemos com o uso de carreto e cana apropriada.
Na recolha a amostra submerge e comporta-se como um pequeno peixe. O achigã, sendo um predador, se por perto e com apetite, atira-se violentamente à amostra. É uma sensação que faz subir a adrenalina e compensa o esforço do pescador.
Presumo que faça sorrir quando falo em esforço do pescador, mas realmente assim é. Se, por um lado, o material é ligeiro, não esqueçamos que são feitos centenas ou milhares de movimentos e pode-se percorrer quilómetros no perímetro aquícola e, no Alentejo, onde nesta altura as temperaturas superam o 30º, não é fácil.
A adrenalina surge repentinamente devido ao ataque súbito e sobe durante a luta se o exemplar for grande e, especialmente, porque sentimos a acção da presa, no extremo do fio, como em toda a pesca à cana. Bom, tanta explicação para nada, pois neste dia não pesquei nem vislumbrei qualquer achigã na água, sendo certo que apenas experimentei em dois locais, por cerca de 15 a 20 minutos.
Iniciámos a nossa viagem com destino ao Cabeção, onde colhemos uns troncos de mirtilo, para fazer as minhas estacarias, hobby a que, por fases me dedico.
Fomos àquele local porque ali tínhamos colhido bagas mais gradas que as existentes aqui no Ribatejo, sabendo eu que os pequenos raminhos de renovo, apropriados para a estacaria, ocorrem por esta época. Não tive muita sorte. Os mirtilos lá estavam, mas os ramos ainda não estavam nas condições esperadas.
Dali seguimos para a Barragem do Maranhão, onde estacionámos exactamente junto ao paredão. Ali preparámos e ingerimos uma refeição frugal, a saber: uma salada de tomate, pepino e cebola e, em separado, uma pinheta de bacalhão (bacalhau cru desfiado e temperado à maneira), vinho, pouco mais de 1dl, por via da diabetes, cafezinho e nada de aguardentes.
O local é muito aprazível, só nosso, apenas registámos a passagem de uma outra família e de trabalhadores da infraestrutura, que operavam a jusante.
Depois de almoço colhemos bagas de aroeira e fizemos o reporte fotográfico do sítio, onde fomos felizes e o Xico também:
Prosseguimos o passeio com passagem por Avis, onde relembrei certas pescarias, no tempo em que andava feito doido a participar nos concursos. Próximo de Benavila tentei, sem convicção, a sorte com os achigãs num local espraiado, de águas muito baixas e com demasiada vegetação.
Xico, o meu amigão, espera pacientemente e interroga-se sobre o que estou eu ali a fazer. Reconhecendo a sua razão, a breve trecho arrumei os apetrechos e continuámos a nossa viagem, já a procurar a direcção a casa.
De Benavila seguimos em direcção à estrada de Alter do Chão, dali à esquerda rumo a Ponte de Sôr, novamente à esquerda, a caminho da Barragem de Montargil, onde, na área do Rasquete, fiz mais umas corricagens, sem qualquer êxito, como já expresso acima.
Em suma, acabámos por ter um dia bem passado. Fizemos os últimos 70km directos a casa, onde sabe sempre bem regressar e, desta vez, ainda bem cedo, com tempo para retirar as bagas da aroeira e ajeitar e colocar as estacas dos mirtilos, urzes e outros, no respectivo tabuleiro.
Querendo, clique abaixo para ver o local.
A adrenalina surge repentinamente devido ao ataque súbito e sobe durante a luta se o exemplar for grande e, especialmente, porque sentimos a acção da presa, no extremo do fio, como em toda a pesca à cana. Bom, tanta explicação para nada, pois neste dia não pesquei nem vislumbrei qualquer achigã na água, sendo certo que apenas experimentei em dois locais, por cerca de 15 a 20 minutos.
Iniciámos a nossa viagem com destino ao Cabeção, onde colhemos uns troncos de mirtilo, para fazer as minhas estacarias, hobby a que, por fases me dedico.
Fomos àquele local porque ali tínhamos colhido bagas mais gradas que as existentes aqui no Ribatejo, sabendo eu que os pequenos raminhos de renovo, apropriados para a estacaria, ocorrem por esta época. Não tive muita sorte. Os mirtilos lá estavam, mas os ramos ainda não estavam nas condições esperadas.
Seja como for, as estacas estão colocadas, depois veremos no que dá.
(Vista do local onde almoçámos) |
O local é muito aprazível, só nosso, apenas registámos a passagem de uma outra família e de trabalhadores da infraestrutura, que operavam a jusante.
Depois de almoço colhemos bagas de aroeira e fizemos o reporte fotográfico do sítio, onde fomos felizes e o Xico também:
Monumento com alogia de Salazar, onde o ditador nunca terá estado. |
Xico, o meu amigão, espera pacientemente e interroga-se sobre o que estou eu ali a fazer. Reconhecendo a sua razão, a breve trecho arrumei os apetrechos e continuámos a nossa viagem, já a procurar a direcção a casa.
De Benavila seguimos em direcção à estrada de Alter do Chão, dali à esquerda rumo a Ponte de Sôr, novamente à esquerda, a caminho da Barragem de Montargil, onde, na área do Rasquete, fiz mais umas corricagens, sem qualquer êxito, como já expresso acima.
Em suma, acabámos por ter um dia bem passado. Fizemos os últimos 70km directos a casa, onde sabe sempre bem regressar e, desta vez, ainda bem cedo, com tempo para retirar as bagas da aroeira e ajeitar e colocar as estacas dos mirtilos, urzes e outros, no respectivo tabuleiro.
Querendo, clique abaixo para ver o local.