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Depois das sementeiras em devido tempo e das estacas colocadas, virei-me agora para a sementeira de exóticas, o que vozes avisadas me dizem não ser muito curial, mas tenho certo feeling que me faz lembrar essa actividade apenas no Verão.
Talvez, ou por certo, associe que as exóticas, geralmente tropicais, gostam é do tempo quente, daí acordar para o fazer nesta época.
É certo que o frio vem depressa e depois vou ter problemas com o transplante e com a sobrevivência dos pequenotes, mas, que diabo, cá me hei-de arranjar, com estufa improvisada ou acautelando-os sob um qualquer tecto ou abrigo.
Adenium Obesum, vulgo rosa do deserto:
Com a técnica barata do garrafão de água cortado ao meio, coloquei terra normal e areia do rio a 50%, na parte inferior do conjunto, fiz furos de drenagem em baixo e humedeci o substrato sem encharcar.
Depois de hidratar em água por quatro horas, pressionei ligeiramente as seis sementes da embalagem "mix", comprada via web, por forma a apenas as encaixar no substrato, deixando-as à vista.
Antes de colocar a metade superior, onde fiz uns pequenos cortes para facilitar o encaixe, fiz uma ligeira pulverização de água.
O recipiente deve mostrar-se embaciado, com umas gotículas da transpiração. Se assim não for pode fazer-se mais umas ligeiras pulverizações sobre as paredes interiores.
No meu caso, ao terceiro dia já tinha uma semente a germinar e, sucessivamente foram germinando mais três, sendo que as outras duas foram naturalmente consumidas por fungos.
Agora venho a observar o crescimento das barrigudas, que me parece bem mais lento do que inicialmente.
Agora vou abrindo por momentos a tampa do garrafão para arejar as plantas, indo evoluindo até à retirada da parte superior e posteriores banhos de sol matinais, com moderação, quando apresentarem dois pares de folhas.
Segundo o que li, creio que com cerca de 90 dias se procederá ao seu transplante para vasos individuais.
Entusiasmado, mandei vir mais sementes, incluindo obesuns red e super black, que já semei, basicamente com o mesmo sistema, mas, desta vez, em pequenas tijelas de plástico, colocando película aderente após a sementeira.
Ei-las:
As sementes bem visíveis e data da sementeira das obesum super black, sob a película, sendo que verifiquei há pouco a germinação de duas das sementes, apenas com três dias em estufa.
Os Mirtilos:
Julgava que tinha mirtilos aqui no quintal, mas, recentemente, descobri, através de pessoa mais avisada, que tinha murtas (myrtus communis) e não mirtilos (Vaccinium myrtillus L.)
Como não consegui, até hoje, encontrar uma planta de mirtilo, comprei as bagas, bem caras, com o intuito de aproveitar as sementes.
Tive uma trabalheira, mas com o bico da navalha lá consegui extrair os seres microscópicos ao lado, que semeei, no mesmo dia, também numa pequena tijela.
Entretanto, com agrado, verifico que as plantas recentemente transplantadas, oriundas dos meus alporques, estão a ir muito bem, nomeadamente esta dama da noite que, inclusive, já tem flores abertas. Para quem conhece exalam um perfume adocicado, muito activo.Sei que para bonsai estas flores deveriam ser mais pequenas, mas julgo que, trabalhando-a, irei conseguir. É que chegou ao vaso com a força da planta mãe, enquanto as folhas se ressentiram e caíram, verificando-se agora que estão a brotar bem mais pequenas, já em jeito do efeito da técnica bosaísta.
Abaixo Adenium obesum em natureza: