segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Do meu quintal
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Nova aventura do Xico
domingo, 13 de setembro de 2009
Perdemos o nosso Rafael!...
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
A Lontra
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Pequeno clone do Rafael
sábado, 29 de agosto de 2009
Rafael, o nosso gato.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Sobreiro
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ver Filmes
Para écran inteiro, usar a barra de ferramentas (seta para cima).
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Pesca - surpresa no Tejo
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Pesca às abletes
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Do meu blog do sapo
É claro que vou usar e abusar do tema pesca. A pesca, que adoro, reforça o alibi para sair de casa, conhecer sítios, almoçar "fora", tranquilizar o espírito, manter um são convívio com a natureza, reportar algumas coisas em fotografia e deixar-me surpreender por coisas boas, por vezes tão simples, que embora roçando alguma infantilidade que existe em mim, ficam com um registo indelével, gratificantemente, na minha memória.
Tenho vários "registos" em memória para reportar aqui, sempre que me ocorra fazê-lo. Vou tentar evitar assalganhá-los, ficando-me, agora, pelo dia de ontem.
Depois de almoço, embora com pouca vontade de sair de casa, dada a canícula, de forma lânguida, lá fomos colocando os apetrechos no jipe, predestinando mais uma ida para debaixo dos salgueiros, junto ao Tejo.
Aberto o portão, Xico fez uma rápida incursão até junto da casa da Maia, que andará com o cio. Desiludido por a não ter vislumbrado, lá entrou no carro, semi-convencido.
Chegados ao destino, verificámos que corria uma aragem fresquinha, muito agradável e o pesqueiro pretendido estava livre.
Quanto à pesca, nada de especial a reportar. Ventura "gradou" mais uma vez e eu, com a bogueira, pesquei dez a doze bogas e pequenos barbos, que, no final, devolvi ao rio.
Xico, pouco depois da chegada, detectou, perseguiu e moeu-se com uma ratazana, que, depois de o ludibriar, se colocou em cima da ramagem alta e fina de um salgueiro. Ficaram a medir-se e a olhar-se mutuamente, até que, passada uma eternidade, o meu amigão desistiu e veio fazer uma grande sesta a meus pés, sobre a areia molhada.
Cerca das 17 horas, quando estava mais para lá que para cá, acometido de sonolência, por a bóia não bulir, eis que, a cerca de 30 metros, rio abaixo, passava o que inicialmente me pareceu uma garrafa a flutuar. Mas não, a coisa mexia. Tratava-se de uma lontra adulta que, quando me levantei para observar melhor, ensaiou reflexamente um mergunho para se proteger, mostrando-me a quase totalidade do dorso. Porém, saiba-se lá porquê, continuou a nadar, calmamente, sempre à superfície, até a perder de vista. Deixem-me acreditar que o animal não mergunhou por perceber o meu encanto em estar a vê-lo num sítio daqueles.....rssssss
...Foi tudo. Acreditem que voltei para casa, como se tivesse "ganho o dia". É que já não via uma lontra em natureza há mais de trinta anos. Aliás, no Tejo, nunca tinha visto alguma.
Regressei muito contente, dando até para reflectir que nem tudo é mau. O "meu" Tejo está muito menos poluido, dia após dia leva um belo e limpo caudal... Até já tem lontras!... Calculem!....
Na minha paixão pela pesca, na sexta-feira, decidi mudar de "poiso". É que, dia após dia, cada vez tenho tido menos êxito no Tejo. Há um mês atrás, pescava 40 a 50 peixes diversos, por tarde. Entretanto a quantidade e tamanho do pescado foi reduzindo a cada dia e, ultimamente, raras as vezes ultrapassei a dezena de minorcas.
Não venham os mais atentos ou perspicazes observar que: "Pudera, se os pegou antes, como pode continuar a pescá-los?", porque, por norma, mantenho o pescado vivo, por forma a devolvê-lo ao seu habitat com as todas as condições de sobrevivência. Apenas uma vez ou outra trago um exemplar maior ou de melhor qualidade, para consumo.
Assim, eu, o Ventura e o inseparável Xico, lá seguimos, cerca das nove horas, a caminho da simpática barragem dos Cantarinhos. A última povoação, Marianos, concelho de Almeirim, dista cerca de 7Km de mata. Aliás o sítio fica a esse exacto raio da civilização. Algumas vezes pode-se estar ali um dia inteiro, sem que se veja uma única alma, logo perfeito para quem, como eu, amiudadas vezes, precisa desse tipo de cumplicidade com a natureza.
Falando em natureza, as coisas, de facto, não vão bem. Contrariamente ao que afirmo no parágrafo acima, esta sexta-feira, existia, naquele lugar um movimento inusitado. Lenhadores procediam ao corte de pinheiros bravos, "pinus pinaster", coisa que tenho vindo a observar nos sítios mais recônditos.
Ao que consta, a espécie está acometida de doença epidémica e, ao que dizem, a solução é o abate.
Sinceramente, embora me preocupe, ainda não me debrucei seriamente sobre o assunto, embora me ocorram catástrofes do género de irem abater também, por exemplo, o pinhal de Leiria.
O certo é que, em muitos locais a paisagem já não é a mesma. Está mais pobre, estamos mais pobres! O simpático pinheiro dito bravo está a desaparecer. Como se não bastasse o flagelo dos incêndios de verão, vem agora a doença.
Espero e desejo que os nossos "especialistas" florestais não permitam a sua substituição pelo eucalipto, resistente ao fogo, de crescimento rápido, muito interessante para as celuloses, mas que desvirtualiza a paisagem, absorve as espécies autóctones e suga todo o "sangue" da terra.
Ah... antes da pesca, vou ter que falar ainda dos incêndios. Tenho, aliás julgo que todos temos, os ouvidos cheios das preocupações e estratégias governamentais. Coitados, tiveram o azar de ter chovido demais, logo maior crescimento de matérias combustíveis, que quando vier o calor é a tragédia, bla, bla, bla... mas que está tudo preparado, protecção cívil, bombeiros, forças da ordem, aviões especiais, vigilância, etc... Tudo para "inglês ver e ouvir".
O certo é que, no terreno não se vê nada disso. Nas minhas incursões compulsivo-piscatórias, não vejo nada disso. Bom para não ser radical, de facto, há meses, numa manhã fresca e cheia de nevoeiro, encontrei, por duas vezes, uma carrinha 4x4, com um pequeno depósito e uma espécie de motor de rega na respectiva caixa de carga. Sendo que, os seus ocupantes, não eram bombeiros nem elementos da agora célebre força especial de combate a incêndios, da GNR (tenho opinião sobre esta força, mas no comments). Mais tarde, por "portas travessas", vim a saber que se tratavam de elementos da autarquia, sem qualquer instrução sobre o material. Aliás um responsável autárquico confidenciou-me que recebeu um ou dois kits daqueles, mas que não houve formação para ninguém. Que nem sequer sabiam se o fogo se ataca por cima ou pela base, estando em estudo a possibilidade de oferecerem o material a quem de direito - aos bombeiros.
No caminho da pesca, geralmente costumo observar bem as coisas, ou seja, não olho apenas, tenho por hábito ver mesmo. E o que vejo são os lenhadores a abater, cortar em toros e transportar o pinho para o local de transporte, sendo que a rama, o tal material inerte e apregoadamente perigoso fica a secar entre sobreiros e chaparros.
Sei que é obrigatório proceder à limpeza de tais materiais e acredito que mais tarde ou mais cedo o vão fazer, mas naquela sexta-feira a temperatura estava acima dos 30, hoje anda pelos 40 e para amanhã a previsão é de 43º.
Nada tenho que me meter no trabalho dos outros, mas porque raio protegem de imediato os troncos e não fazem antecipadamente a limpeza das ramagens? Porque razão não vi por ali pessoal dos serviços florestais a acompanhar o abate? Se ali estivessem obrigariam a fazer o serviço como, embora leigo, preconizo?
Sei que não estariam por ali, porque, ao chegar ao pesqueiro, quando começava a instalar os apetrechos, eis que, à minha direita, a cerca de 2m da água, se encontrava uma carpa enorme, cerca de 3kg, morta e ainda intacta. Observando melhor, encontrei centenas de peixes mortos. Todos da mesma espécie, na sua maioria com cerca de 2kg, coisa para mim estranha porque raramente ali tinha pescado um exemplar desse tamanho.
Percorrida grande parte do perímetro aquícula, na expectativa de encontrar mortos achigãs, pimpões ou percas, nada. Apenas as carpas sucumbiram!
A água estava, como sempre, límpida, fresca e sem sombras de poluição. A acreditar que o ocorrido se devia a mão humana, não podia ter sido veneno. Se fosse cereal em cru, que depois incha e provoca o enfarte ao peixe, obrigatoriamente encontraria pimpões mortos ou moribundos, já que sendo também um ciprinídeo, comeria do mesmo e ali, seguramente, existirão tantos ou mais pimpões que carpas. Achigãs e percas escapariam porque não ingerem cereal.
Restava-me uma hipótese lógica. Geralmente apenas ali pescava carpas aquém de um quilo. Encontrei mortas muito poucas assim pequenas, logo só poderia ser um repovoamento mal feito, nas condições de oxigenação da água aquando do transporte. Não deixando, ainda assim, de estar presente a um problema ecológico, para não dizer outra coisa.
Na expectativa de ali perto, junto ao abate dos pinheiros, se encontar pessoal dos serviços florestais, em busca de esclarecimento, telefonei para a GNR (os guardas florestais foram absorvidos por este corpo). Ficou a promessa do telefonista de que iria enviar pessoal especializado ao local, o que me deu certa satisfação. Satisfação essa que, pouco depois, caiu por terra, quando o mesmo elemento me telefonou a dizer que o assunto já era do conhecimento daquela força, que teria estado no local, no dia anterior.
Quanto às causas: "batatas!". Que podia ter sido cereal em cru ou uma alteração de temperatura da água, o que não me convenceu, face ao exposto acima. Resta-me esperar que um amigo, em particular, me informe da evolução da investigação, se é que vão chegar a alguma conclusão, ou tentar abordar a comunicação social local, para ver se o assunto não cai em "saco roto".
Face ao ocorrido, acabei por abandonar os Cantarinhos pelos próximos anos.
Fomos almoçar já mais perto de casa, na Barragem dos Gagos, onde responsável e ecologicamente, grelhei na chapa, com o "camping gaz" dentro do jipe, um bom naco de entrecosto de porco e três costoletas do mesmo animal, acompanhados de uma salada de tomate sem azeite (teimosamente ficou em casa), 1,5 l de vinho rosé, café e um bom trago de aguardente daquela que sabemos, tudo para esquecer as agruras anteriores.
Entretanto ainda pescámos uns peixitos que devolvemos à água.
Resta-me dizer que tinha a máquina comigo e, estupidamente, pelo transtorno ou fosse porque fosse, nunca me lembrei de fotografar a mortandade.
Fica uma foto antiga do sítio, para mais tarde recordar.
Hoje (ontem), depois de um algo insípido cozido à portuguesa, regado com um bom copo de tinto, café e o respectivo bagacinho caseiro, feito por mim e meu sogro, daquele a que adicionei uns quilos de ameixas secas, antes das 14 horas, lá seguimos para uma pescaria no Tejo.
O dia estava cinzentão , algo ventoso. Logo menos bom para pescar.
Chegados ao rio, que ia bem gordo, logo tive a percepção de que, dadas as condições, não iria ter muito sucesso.
Ultimamente faço uso de uma cana bogueira , de 6 metros, em carbono. Anzol pequeno, fechado, sem barbela, nº. 16, com que tenho tido algum êxito.
Com este sistema, tenho conseguido peixes de todas as espécies ali existentes (fataças, barbos, carpas, pimpões, bordalos , bogas, escalos e vários góbios ). Não parecendo possível, na última vez pesquei um barbalhão com bem mais de 1kg , que deu uma luta luta imensa, fez subir a adrenalina e deu um gozo total, por o ter conseguido com tal apetrecho.
Desta vez, como digo acima, estava meio descrente. Porém, repentinamente, ferrei um bruto, eventualmente também um barbo. Venci o primeiro assalto, mas, ao segundo, fiquei convicto de que ia partir. Dobrou o canelon por forma a quase chegar com a ponteira à água e..... pingggggggg ". Opsss ... partiu a linha e levou todo o aparelho.
Pensei: "mas como é possível? devia ter partido pelo empate, cuja linha é menos resistente!".
Afinal o meu adversário despipou o terminal, cuja cola, com o uso, deve ter perdido a eficácia.
Nova cana, esta com 4 metros, apenas deu para "fazer" 4 bogas e meia dúzia de barbos pequenos. Foi difícil e perdi demasiados anzóis no fundo lenhoso, por estar a pescar perto demais.
Depois também não podia fazer grande coisa, quando o meu ajudante, fotos acima e abaixo, joga contra mim.
Meu sogro, hoje deu-me um "bigode". Fez 3 fataças bem crescidas e um barbo de iguais dimensões. Veio feliz, muito especialmente porque ultimamente tem pescado muito mal.
Comigo tudo ok, tem mais dias bem melhores. A cana já está reparada, comprei mais bóias e engodo e, amanhã, depois do programado almoço de sardinhada para mais cedo que o costume, lá estaremos, exactamente no mesmo sítio. Creio que vou tirar a desforra.
É assim, o meu amigão , por vezes, faz-me uma partidas e, literalmente, esquece a casa e a "família". Tal sucede sempre que fareja uma namorada em estado interessante.
Ele tem aventuras pedestres a 6 ou 7 km de distância, com atravessamento da cidade, via rápida (sabe-se lá como o faz), linha de caminho de ferro e riachos. Ausências essas que não vão além de uma noitada.
Invariavelmente, percorro, de jipe, os caminhos mais inóspitos, fazendo jus ao pseudónimo "olharuco", na tentativa de lhe pôr os olhos em cima e fazê-lo regressar. Quando tenho a sorte de o localizar, invariavelmente, acabo por regressar sem ele, já que, em matilha, simplesmente me olvida.
Regra geral, regressa na manhã do dia seguinte, abatido, ferido, meio sem-jeito , com o seu olhar simpático, peculiar, como que a pedir desculpa.
Depois é pegar no cartão de crédito e seguir para o veterinário quanto antes.
Dessas saídas, a que deixou registos indeléveis, tanto no papel, como nas minhas memórias, como na carteira, bem assim como na continuidade da sua espécie, ocorreu na noite de 20 para 21 de Janeiro do ano passado.
Para já, aqui fica o registo fotográfico daquilo que me veio a custar a módica quantia de €185.00:
Recentemente, descobri a existência de um filhote do Xico , resultante dessa aventura. O diabrete chama-se Tori ", está bem na vida e reside a cerca de 300 metros.
É mais pequeno, porém com todos os traços do progenitor. Apenas não apresenta o dorso negro, que tão bem caracteriza o meu amigão .
Chamo de diabrete a Tori , porque é muito "eléctrico". Por isso já apanhou do pai e eu, por mim, não estou muito interessado em fazer-lhe cafunés ". É que, na semana passada, fazia-lhe festas que ele, simpático, apreciava gostosamente. Porém, mordeu-me a mão sempre em atitude de brincadeira e a desafiar-me para mais. Não estou nessa...
Ah... Está combinada uma sessão fotográfica com Tori , pelo que, julgo, a breve prazo, irei colocar aqui o danadinho.
Mais em jeito de treino que outra coisa, coloquei mais estas fotos do Xico. As primeiras em pose e a última flagrado na Fonte Luminosa - Lisboa.
Bom, para quem começou há poucas horas, vou atinando menos mal aqui com o sítio. Como gosto de fotografia, estou a pensar reportar aqui umas coisitas minhas.
Abaixo o meu camarada de todos os dias e quase todas as horas. Trata-se do Xico, o meu amigo de quatro patas, nascido a 18 de Dezembro de 1997, pelo que já vai a caminho dos dez anos de idade.
Geralmente, as minhas fotos reincidem no Xico e no elemento água, já que sou apaixonado pela pesca desportiva. A nossa empatia é tal que ele já conhece várias palavras associadas ao nosso obi e está sempre pronto para sair. Depois é vê-lo à janela, cabeça ao vento e como que a sorrir, a caminho de nova aventura: