quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pesca às abletes



Ontem, pouco antes da 7 da manhã eu, a Conceição, meus sogros e o inseparável Xico, estávamos prontos a partir para a Barragem de Montargil. Tal como combinado, com pontualidade inglesa, chegou o nosso amigo Gil, a esposa e dois amigos, o Veríssimo e o António Fonseca, gente mais velha, mas de agradável convívio.

Assim, lá fizemos a nossa vertiginosa viagem de pouco mais de 60km, que concluímos com a espantosa média de 38km/h, com três paragens estratégicas para micção daquela rapaziada. Pelas minhas contas, as evacuações bexigais dos mais usados ocorrem cerca duas a três vezes por hora, por via de um comprimido que tomam, dizem.

Xico, contagiado pelos fluxos terceiros, aproveitou todas para descarregar os seus fluídos, bem divididos em dezenas de aspersões, para que todos os cachorros da área saibam que esteve ali.

Na última ocorrência, "aspirador" a roçar o solo, em corrida veloz na peugada de saiba-se lá o quê, depois de ralhado pela espera, fez uma paragem rápida antes de entrar no jipe e excretou também os seus resíduos sólidos com toda a facilidade, configurando assim as saídas para a pesca uma mais-valia para a saúde do meu companheiro.

Pouco passava das nove da manhã e já estava a pescar as ditas abletes, um simpático ciprinídio muito parecido com a sardinha pequena, que vem proliferando muito bem nas águas despoluídas das albufeiras e recantos mais serenos dos rios.

Apenas este ano me dediquei a este tipo de pesca, sempre em Montargil, com exclusão de, há duas semanas, meio acidentalmente, ter pescado meia dúzia de exemplares aqui no Tejo.

Inicialmente não estava feito a esta pesca, mas com a experiência evoluí e estou a pescar 300 a 400 exemplares por dia.

Cheguei à conclusão de que, para obter bons resultados com o máximo conforto e menor esforço, me basta uma cana bogueira de apenas 4m, bóia de 1/2 gr, anzol fino, sem barbela, acima do nº. 14, já que o número é inverso ao tamanho e farelo ou engodo apropriado.
Presentemente faço uso de um fio nº.15, altamente resistente (9Kg), porquanto ao longo da jornada costumam entrar barbos que partem tudo, sem nos dar qualquer confiança. Com este fio tenho tirado barbos e carpas médios, sendo que os grandes, face ao anzol pequeno, geralmente se escapam sem outros prejuízos.

Na tentativa de pescar exemplares grandes (carpas ou barbos), costumo colocar uma cana de pesca de fundo, mas sem qualquer êxito. Há 15 dias isquei com milho cozido retirado de espiga leitosa. Por duas vezes os brutos rebentaram com a baixada.
A semana passada reforcei o aparelho e isquei da mesma maneira. Melhor tivesse comido o milho, já que nenhum peixe me perguntou o que "estava lá a fazer!".
Ontem mudei de isco! Reforcei engodo para carpas com um pouco de farinha PV1 (colante), com que isquei com bolas grandes, um anzol nº.1 (dos maiores), que os peixes pequenos aproveitaram para comer, sem que alguma vez me apercebesse.

Em todo o caso, foi um dia bem passado. Sempre apanhei umas centenas de abletes. Tivemos um bom almoço. Uma caldeirada de bacalhau com gambas (não gambás) confeccionada pelo amigo Gil, que usou e abusou de piripiri, mas que estava óptimo para o meu gosto.

Enquanto o tempo esteve encoberto, Xico sempre fez um passeio pelo mato com a Conceição e mais duas incursões por sua conta e risco. Com a chegada da canícula, como de costume, encosta e aproveita para fazer a sua "siesta".

Fica o reporte em fotografia:









...e o filminho

2 comentários:

  1. Muito bom:)
    Já comia uma caldeirada dessas a esta hora:P Como sempre a D. Conceição nao se deixa filmar e tu sempre a tras da camara:D beijinhos a tdos***

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  2. Pois pois muita peixe ehehe mas sem almoçarada nam tem jeito.
    Um abraço e continuação de grandes pesccaria, um abraço ao xico eheheh

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