segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pequeno clone do Rafael


Ontem à noite tivemos alguma dificuldade em fazer recolher Rafael aos seus aposentos nocturnos. É que andava a brincar com outro gatito parecido com ele, pelo que não nos dava mão para a recolha.

Hoje de manhã a Conceição surprendeu e fotografou-os em plena brincadeira.

O pequeno há-de ser, talvez, irmão dele, já que têm uma parecença incrível.

Aqui fica o reporte:




sábado, 29 de agosto de 2009

Rafael, o nosso gato.

Rafael foi encontrado pelo Xico e por mim, no dia 15-04-2009, abandonado, mal abria os olhos, junto aos contentores do lixo, com um pequeno pires de leite, que alguém colocara junto dele, mas que o pobre decididamente não poderia ingerir, por ainda não ter maturidade para o efeito.
Uma vizinha pseudo-amiga dos animais chantageou para que o trouxesse para casa. Desagradado com a sua intervenção, com muita pena, acabei por abandonar o local e o pequeno enjeitado.

Nessa noite fui acordado com o barulho de chuva torrencial, descansando muito mal por força do remorso.

No dia seguinte voltei ao local esperançoso de que alguém tivesse recolhido o pardinho. Mas não!... Lá estava ele, encharcado, faminto e muito choroso. Chamei a Conceição que o acarinhou e concordou em trazer para casa, com Xico sempre a acompanhar e aparentemente contente com a situação.

De facto o pequenote não comia por si, pelo que fui imediatamente comprar-lhe alimento apropriado, com que foi alimentado a biberão por minha mulher e sogra, que parece terem mais empatia por ele do que eu próprio.






Rafael tem sido sempre saudável, reguila e brincalhão. Tem sempre um aspecto lustroso e os olhos sempre limpinhos, talvez por força da lavagem a que involuntariamente foi sujeito.

Aqui ficam as suas últimas fotos:






Nesta fase Rafael já desenxameia, percorre quintais e becos, conseguindo já três amigos da sua espécie: um siamês, um amarelado e outro preto e branco (a sua companhia mais assídua), que teima em trazer para o nosso quintal, mas o Xico não tolera essas ousadias e corre com eles, apenas o autorizando a ele, sendo vulgar vê-los a partilhar a comida.



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sobreiro

A erosão escavou-o mas, teimosamente, mantém-se agarrado à vida.
Note-se a metamorfose da raiz, que também se revestiu de cortiça.

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Barragem de Montargil. Local onde merendamos.

Rafael e Xico

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Arte de Roubar

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Divã

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pesca - surpresa no Tejo





Para Santarém, hoje, a previsão é de 38ºC, sendo assim a cidade mais quente do país. Por isso não existe vontade de passar um dia inteiro mais para o interior, onde parece que o Sol queima ainda mais e as minhas banhas não aguentam tanto.

Assim resolvemos ir fazer a manhã no Tejo.
Xico, sempre pronto para estas lides, hoje mostrou-se relutante, talvez por o Sol já estar a demonstrar a razão da previsão meteorológica.
Creio que ainda não eram nove horas e já estávamos no local designado por Porto da Areia, na margem Sul do rio, próximo da estrada de acesso à Vila de Alpiarça, onde não pescava há anos.
O sítio apresentava razoáveis condições para pescar com a cana bogueira que costumo usar na pesca à abletes.
Ali era um mau local para o meu gosto devido ao barulho produzido pelas máquinas de extracção de areia e pela azáfama dos camionistas que freneticamente faziam o seu transporte. Hoje em dia, graças à crise, raramente se ouve algum barulho. Os montes de areia lá estão à espera de melhores dias.

Foi bom estar lá. Barreira abaixo, consegui colocar o jipe à sobra, mesmo junto ao pesqueiro.

Logo as coisas a correrem ao meio jeito de retirar prazer com o menor esforço, para além de preservar o meu velho meio de transporte para as pescarias de pior acesso.

Não deu muito peixe, mas consegui 2 barbos, 2 fataças, uma ablete, um escalo e, surpresa das surpresas... um lúcio-perca!
Todos os exemplares de pequenas dimensões, sendo que o lúcio do meu contentamento é um pouco maior que uma coca-cola de 1litro, conforme foto acima.

Já tinha ouvido dizer que, por vezes, aparecia um ou outro lúcio aqui no Tejo, calhando-me hoje em sorte o "milho-rei".

Curiosamente este ano tem sido para mim algo especial em termos de novidades piscatórias. É o meu primeiro ano com as abletes, com que tenho tido muito êxito, para além de as apreciar em termos gastronómicos.

Pela primeira vez apanhei peixe-gato, o que gostei pela novidade, mas acabei por me aborrecer com eles, já que prejudicam a pesca a outras espécies.

Xico, como sempre, quando ainda não fazia muito calor, deu a sua volta de reconhecimento em busca de caça de qualquer vivente em natureza.
Amíude ia banhar-se junto a nós, cada uma das vezes com mais carrapiços e bolas de figueiras-de-inferno grudadas à pelagem, até que, cansado, acabou por se deitar à sombra.

Cerca do meio-dia e meia horas, arrumámos os apetrechos e ala que se faz tarde.

Antes da uma da tarde já estávamos em casa, em busca da prometida sardinhada com pimentos assados e salada de tomate.

Agora estou a curtir a tarde aqui metido em casa, até que a crise dos 38 graus passe...

Ah... a almoçarada caiu muito bem, só que a pobre da Conceição ainda teve cerca de meia hora de trabalho a corrigir a apresentação da "desgraça" abaixo.




quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pesca às abletes



Ontem, pouco antes da 7 da manhã eu, a Conceição, meus sogros e o inseparável Xico, estávamos prontos a partir para a Barragem de Montargil. Tal como combinado, com pontualidade inglesa, chegou o nosso amigo Gil, a esposa e dois amigos, o Veríssimo e o António Fonseca, gente mais velha, mas de agradável convívio.

Assim, lá fizemos a nossa vertiginosa viagem de pouco mais de 60km, que concluímos com a espantosa média de 38km/h, com três paragens estratégicas para micção daquela rapaziada. Pelas minhas contas, as evacuações bexigais dos mais usados ocorrem cerca duas a três vezes por hora, por via de um comprimido que tomam, dizem.

Xico, contagiado pelos fluxos terceiros, aproveitou todas para descarregar os seus fluídos, bem divididos em dezenas de aspersões, para que todos os cachorros da área saibam que esteve ali.

Na última ocorrência, "aspirador" a roçar o solo, em corrida veloz na peugada de saiba-se lá o quê, depois de ralhado pela espera, fez uma paragem rápida antes de entrar no jipe e excretou também os seus resíduos sólidos com toda a facilidade, configurando assim as saídas para a pesca uma mais-valia para a saúde do meu companheiro.

Pouco passava das nove da manhã e já estava a pescar as ditas abletes, um simpático ciprinídio muito parecido com a sardinha pequena, que vem proliferando muito bem nas águas despoluídas das albufeiras e recantos mais serenos dos rios.

Apenas este ano me dediquei a este tipo de pesca, sempre em Montargil, com exclusão de, há duas semanas, meio acidentalmente, ter pescado meia dúzia de exemplares aqui no Tejo.

Inicialmente não estava feito a esta pesca, mas com a experiência evoluí e estou a pescar 300 a 400 exemplares por dia.

Cheguei à conclusão de que, para obter bons resultados com o máximo conforto e menor esforço, me basta uma cana bogueira de apenas 4m, bóia de 1/2 gr, anzol fino, sem barbela, acima do nº. 14, já que o número é inverso ao tamanho e farelo ou engodo apropriado.
Presentemente faço uso de um fio nº.15, altamente resistente (9Kg), porquanto ao longo da jornada costumam entrar barbos que partem tudo, sem nos dar qualquer confiança. Com este fio tenho tirado barbos e carpas médios, sendo que os grandes, face ao anzol pequeno, geralmente se escapam sem outros prejuízos.

Na tentativa de pescar exemplares grandes (carpas ou barbos), costumo colocar uma cana de pesca de fundo, mas sem qualquer êxito. Há 15 dias isquei com milho cozido retirado de espiga leitosa. Por duas vezes os brutos rebentaram com a baixada.
A semana passada reforcei o aparelho e isquei da mesma maneira. Melhor tivesse comido o milho, já que nenhum peixe me perguntou o que "estava lá a fazer!".
Ontem mudei de isco! Reforcei engodo para carpas com um pouco de farinha PV1 (colante), com que isquei com bolas grandes, um anzol nº.1 (dos maiores), que os peixes pequenos aproveitaram para comer, sem que alguma vez me apercebesse.

Em todo o caso, foi um dia bem passado. Sempre apanhei umas centenas de abletes. Tivemos um bom almoço. Uma caldeirada de bacalhau com gambas (não gambás) confeccionada pelo amigo Gil, que usou e abusou de piripiri, mas que estava óptimo para o meu gosto.

Enquanto o tempo esteve encoberto, Xico sempre fez um passeio pelo mato com a Conceição e mais duas incursões por sua conta e risco. Com a chegada da canícula, como de costume, encosta e aproveita para fazer a sua "siesta".

Fica o reporte em fotografia:









...e o filminho