sábado, 21 de agosto de 2010

As abletes contêm ténias "Diphyllobothrium latum"!



É verdade, o meu hobby está ou vai ficando cada vez mais em crise. Foi um inverno rigoroso agora seguido desta canícula agoniante, ambos a indisporem mesmo os mais viciados ao exercício aprazível da pesca.

Agora a simpática ablete (alburno), deixou de o ser! Cada exemplar contém pelo menos uma espécie de esparguete com cerca de 20cm (já encontrei com 30cm).

Acidentalmente, um amigo, descobriu que o esparguete, rectangular, estilo italiano, em ambiente húmido, qual ET, afia e/ou aguça um dos extremos e, serpenteando, move-se orientado por esse bico.


As quatro da foto acima, continham as sete ténias ao lado, que coloquei sobre a tampa de um balde desses de 20 litros, próprios para tinta, para podermos idealizar as proporções, objectivamente quanto ao tamanho dos parasitas.

Depois de colocar um pouco de água, verifiquei que alguns começaram a movimentar-se, conforme vídeo abaixo, que espero tenha ficado funcional.


Segundo o site http://pt.wikipedia.org/wiki/Diphyllobothrium_latum podemos estar perante o verme dos peixes designado por "diphyllobothrium latum" que, se ingerido, no jejuno humano, pode vir a atingir entre 3 e 15 metros de comprimento, tratando-se do "maior cestódeo que pode parasitar o homem".

Ao que apurei, os lúcios, achigãs e outros predadores, são sérios candidatos a hospedeiros da mesma ténia, por isso, irei continuar a exercer a pesca lúdica, mas, tão cedo, jamais ingerirei ou darei para consumo peixe de água doce, seja de que espécie for, já que sei, de fonte segura, que também as abletes da Barragem do Maranhão se encontram parasitadas.

Nesta fase estou a aguardar informações da GNR-SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza - Guarda Nacional Republicana), a quem, há pouco, via e-mail, dei conhecimento dos factos, com reporte fotográfico análogo.


5 comentários:

  1. Olá,

    Já recebeu alguma resposta ao sucedido? Aguardo com atenção o desenvolvimento deste fenómeno.

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  2. Nada. Vou aguardar mais um pouco antes de insistir com o SEPNA ou solicitar superiormente uma resposta ao Comando da GNR.

    Obrigado pela participação.

    abraço.

    Ber

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  3. Eh pá! Tenho a impressão que nunca mais como peixe do rio sem que o SEPNA dê uma resposta.

    Eduardo Viegas

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  4. Na tarde de quinta-feira, fui fazer uma "perninha" ao Tejo, onde pesquei cerca de 20 abletes, após o que "autopsiei" alguns exemplares na presença de um jornalista do jornal "O Mirante", constatando-se que nenhum deles continha a ténia, o que é um bom sinal.

    Nesta fase o referido jornalista, que me entrevistou, está a diligenciar junto das entidades oficiais, no sentido de poder informar os leitores sobre a perigosidade do consumo do peixe.

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  5. Opss...

    De acordo com o semanário regional "O Mirante", publicado hoje, no seguimento de questões por si colocadas, veio a Direcção Geral de Veterinária garantir que o parasita não é transmissível ao homem, reconhecendo o aspecto repugnante da ténia, que, de acordo com o resultado do exame parasitológico, realizado no IPIMAR, se trata da "ligula intestinalis e não da contagiosa para os humanos "diphyllobothrium latum", que receava tratar-se.

    Cabe aqui agradecer a ajuda do "O Mirante", especialmente ao senhor Ricardo Carreira, seu diligente funcionário, pois, sem a sua intervenção, protelar-se-ia "ad aeternum" o esclarecimento público, já que, até esta data, o SEPNA, primeira entidade recorrida, ainda não se dignou dar-me qualquer resposta.

    Entretanto, vou continuar a abster-me do consumo das abletes e, eventualmente, de todos os ciprinídeos, já que parecem ser potenciais hospedeiros do "bicharoco".

    Logo que possível, vou colocar novo post sobre o assunto, com inserção da notícia.

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